quarta-feira, 13 de abril de 2011

Petit Four

Ontem procurando cozinhas pra alugar aqui no Brooklyn me deparei com um lugar incrível. Uma casa de cookies chamada One Girl Cookies, fica numa travessa da Smith em Cobble Hill. A especialidades obviamente são as bolachas mas adorei o tratamento de petit four que elas ganharam pelas mãos da chef que largou um emprego na Barneys (loja de deptos mais bacaninha daqui) para se jogar de volta às suas origens. Das suas lembranças de infância sairam a inspiração de receitas de biscoitos delicados e deliciosos, todos em versão mini. O engraçado é que cada receita ganhou o nome de uma mulher que ou cozinheira conviveu ou que simplesmente ela achou que transmitiria a personalidade do biscoito. Daí você chega no balcão é pede: 2 Penelopes, 1 Lucia e 1 Juliette (4 unidades saem por $2.50). Além disso eles tem cupcakes, bolos, chás e cafés. O lugar perfeito pra passar uma tarde de fofocas com as amigas.

A cada mês acontece também uma aula no local para um grupo de 10 alunos que vão por a mão na massa e aprender com a chef o segredo de cada uma das receitas. Delicinha, não?

One Girl Cookies
68 Dean St.
212 675 4996

PS. Voltei sem fazer alarde pra não assustar ninguém. ahahaha

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ABC

No início do ano, departamento de saúde da cidade de NY(a vigilância sanitária), iniciou um novo método de classificação para bares e restaurantes. O novo sistema categoriza os estabelecimento em 3 níveis, A. B e C, contabilizando o número de irregularidades de higiene e conservação dos alimentos (sendo A o que menos infringe, o mais limpinho).
Hoje saiu a lista das novas casas classificados nesse sistema e alguns realmente assustam. Nomes consagrados como o Le Cirque e Gramercy Tavern receberam a pior classificação, infringindo mais de 30 práticas consideradas padrão para todos os estabelecimentos. Até a nova inspeção, que acontece a cada 4 meses para quem tirou nota C e em 6 meses para que tem A ou B no boletim, todos tem que pendurar o boletim na porta, o que tem causado um certo furor no meio. Lei é lei e aqui ninguém escapa.
Eu adorei esse novo sistema, ele é duro mas quem consegue educar sem um pouco de firmeza mesmo? E o objetivo do programa é tentar diminuir o número de infecções alimentares reportadas nos hospitais locais que parece estar um pouco alto. Ótimo para os clientes, não. Então pessoal, olho no boletim dos restaurantes antes de entrar. Para consultar o grade de qualquer restaurante, só clicar aqui e entrar o nome. Só atenção que como o método é recente, nem todos os restaurantes foram avaliados ainda.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Rosquinha

Poppy seed bagel com salmão defumado e cream cheese do Murray's.
Eu entendo que para quem está acostumado com a leveza do pão francês aí do Brasil acha o bagel um chumbo de pão. Eu concordo, o bagel tem a consistência infinitamente mais densa que a maioria dos pães, e demorei muito para acostumar com eles quando cheguei aqui. Acontece que depois de um tempo e principalmente depois de provar bagels e mais bagels eu acabei criando gosto, principalmente quando eles envolvem salmão defumado e muito cream cheese.
Fachada do Murray's
Para mim, não existe lugar melhor pra comer bagels que o Murray's. É dos lugares mais antigos da cidade e são especializados nesse pão em forma de rosquinha. Eles oferecem uma variedade imensa de sabores e recheios para você montar o seu. Meus favoritos são de poppy seeds (papoula), o de cebola (dá bafinho mas é bom) e o multigrain. Os cream cheeses vêm em diversos sabores, scallion (cebolinha), salmon, strawberry(pra combinar com peanut butter), azeitonas, só pra citar alguns. Depois você complementa com frios fatiados, queijos e tomate se quiser. Só com cream cheese é ótimo também.
Eu sei que a maioria das pessoas dobra o nariz para bagel, mas um pulo no Murray's vai fazer sua opinião mudar, tenho certeza.  

500 Sixth Ave (entre 14th e 13th streets)
212 462 2830

Pão Pão Queijo Queijo


Que alegria dar essa notícia aqui. Ontem abriu um café muito legal no Village que além de servir café brasileiro coado (isso mesmo!) na hora tem pão de queijo, pão de mel e outras delícias. O lugar se chama O Café. É super aconchegante e os grãos vem todos do Brasil. Tudo é pensado para ser sustentável e oferecer um gostinho brasileiro de uma maneira super bacana na terra dos Starbucks. Eu já provei e aprovei. O site deles é bem legal também.

O Cafe
482 sixth ave (esquina com a 12th street)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Lista no more!

Não existe pessoa que não tenha vindo à Nova York sem uma lista de dicas feita pelo amigo do primo do vizinho que veio pra cá e supostamente visitou todos os 445 lugares da lista e os classificou como IMPERDÍVEL!  Essas tais listas são como fantasmas perambulando na vida dos brasileiros que moram por aqui, já que tem sempre alguém te implorando por uma mais atualizada e mais legal nisso ou do melhor daquilo. A verdade é que não é que você quer bancar o chato e não dizer onde fica a melhor loja de discos raros da década de 80 do West Village, mas sim que vinil está na posição 115 entre seus 100 assuntos prediletos.
Foi pensando nessas pessoas com interesses especifícos que desembarcam nessa cidade que oferece  literalmente tudo para todos os gostos, que quatro brasileiras, moradoras e escoladas na cidade (a querida Paula Dualibi do NYwith Kids + o super trio da NY Lab, Vanessa Fried, Nancy Wendel e Cristiane Peixoto), se juntaram e resolveram a questão. 
A solução veio em forma de 16 e-guides, os NY Local Guides, que foram divididos em temas variados para que cada um encontre aquilo que procura na Big Apple, e melhor, os guias serão atualizados semestralmente por quem entende de cada área, ou seja, é o melhor da cidade no momento que você aqui. Os volumes são bem diversificados, tem desde arte, enxoval, moda (dividido em feminino, masculino, infantil e acessórios), zen, home design até um para consumidores conscientes, o Go Green. Eu já comprei 3, o de Restaurantes, o de Bares e o do Brooklyn e estou encantada, além das dicas serem ótimas, o guia é lindo e super objetivo, nada de blá-blá-blá, só mesmo o que interessa. Ah, e mais um detalhe, o preço é nada: $1.99 por um guia que vai fazer sua viagem mais interessante e única. Ponto para o quarteto!
Para adquirir o seu, clique aqui.
   

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Travessa

Eu me empolguei escrevendo desse restaurante de Lisboa no post anterior que resolvi deixar um sópara ele. O Travessa é o restaurante preferido de uma amiga que ama comida quanto eu e que morou em Lisboa por 2 anos. Virou o meu favorito também. E o mais engraçado, não tem bacalhau no cardápio. Fica numa travessa (deeerrr!) num bairro que não sei se é Chiado ou Bairro Alto ou sei lá onde. Melhor ir de taxi já que é impossível encontrar sozinho, mas vale a surpresa, o restaurante fica num antigo convento de construção datada de 1653. Pequeno e rústico, o cardápio é cheio de caças e frutos do mar exóticos preparados em sua perfeição, veado, arraia, porco preto e alguns mais comuns peixes e aves. Uma série de entradas saborosíssimas precede os pratos e não diga não, é um exagero, mas tudo vale a pena. Os pratos principais chegam e você pensar que depois das entradas não sobrou espaço. Ok, eu acredito, mas só até você dar a primeira garfada e ter certeza que vai ser louco se parar por ali. Os acompanhamentos vem sem você pedir, e novamente, pode parecer um exagero, mas não diga não, cada um dos legumes que valem a pena. Então você já se encheu de ótimo comida e de um incrível vinho do Alantejo, então nem quer ouvir falar de sobremesa, eu repito: pode parecer um exagero, mas não diga não, a simpática portuguesa vai descrever as sobremesas uma a uma, como uma poesia e duvido que não vai cair na dela? Pode parecer um exagero, mas não vale a pena resistir. A verdade é que esse restaurante é um exagero de bom, nada é mais ou menos. E é tão difícil encontrar essa combinação que pra que dizer não.  

O endereço está no post que segue.


Ora pois...

Fiz uma viagem deliciosa entre o Natal e o começo de ano.  Uma semana com a minha família em Lisboa e arredores e depois 5 dias em Paris com a minha mãe e minha irmã. Obviamente que comi loucamente, e que o primeiro item da lista de resoluções de 2011 é ter uma alimentação mais saudável. Mas vamos combinar, passar vontade em viagem é um pecado, ainda mais indo para lugares onde a comida é tão única e o serviço tão caprichado, qualquer boteco tem toalha na mesa, guardanapo de pano gigante e garfo de metal, tão diferente dos Estados Unidos da Praticidade. Que delícia. Gastei calorias em pratos que valiam a pena e outros nem tanto. Coloquei abaixo os sabores e lugares que valem a pena menção. Primeiro em Portugal já que foi a primeira parada. Depois farei de Paris.

PORTUGAL 

A Travessa (Travessa do Convento das Bernardas, 12 - 351 21 390 2034) - e olha que eu fui em vários lugares tops que me indicaram. Esse foi sem dúvida o que mais gostei e eu quero voltar faça chuva ou faça sol. Escrevi o post abaixo só sobre ele.

Cervejaria Trindade (Rua Nova Trindade, 20C - 351 213 423 506) - para comer Bacalhau até rolar, os preparos são bem tradicionais, muita batata, muita cebola, muito azeite e um bacalhau desmanchando no prato. Tem coisa melhor?

Pastéis de Belém (Rua de Belém, 84) O verdadeiro, por favor! quentinho, cremoso e crocante. Pra enfrentar fila e comer na hora. E acordar no dia seguinte querendo mais. Ah, e para quem não é tão fã de doces o bolinho de bacalhau deles foi o melhor que eu provei em Portugal, pra comer no balcão com um molho de pimenta. 

Ufa!

Ufa mesmo que 2011 chegou! falo isso porque eu meio que fui atropelada por uma avalanche de trabalho no final do ano. E disso não posso reclamar. Trabalhei muito na Kate's e trabalhei muito mais na Brigadeiro Bakery. Depois dei uma pausa durante o Natal e Ano Novo. Oficialmente meu 2011 começa hoje, porque é hoje que eu resolvi começá-lo. E o bom é que já começa com mudanças, pra marcar um novo ciclo mesmo.
A primeira: sou a mais nova desempregada de plantão. Calma, é só da Kate's que como muitos sabem a Brigadeiro Bakery vai de vento em popa, então estou desempregada/empregada. Agora o bafão, eu não pedi as contas, pasmem, foi a loja que fechou. Muito chato e muito rápido, tudo durante as minhas férias. Sabia que as coisas não andavam boas na companhia, mas não calculava que o buraco era tão fundo. Ao menos eles vão tentar ficar com uma das lojas abertas, a do Soho. Fico muito triste porque eu amo a loja, amo meus colegas de trabalho e também porque foi um dos meus trabalhos mais divertidos e o mais cuca fresca que tive até agora. Mas sinceramente, eu já estava em vias de me desligar deles para focar no meu business, só não sabia quando. No fim é engraçado, a vida às vezes se encarrega de tomar as decisões por nós. Eu ainda vou continuar amando a Kate's e vou namorar a loja do Soho até enquanto ela dure. E de coração, torço para que dure muito.
Adiòs mi Kate's querida!

A segunda: sem emprego fixo, só me basta olhar no que tenho nas mãos e seguir firme e forte com meu projeto. Dá frio na barriga porque se antes eu tinha um pé em cada trabalho, agora estou me pulando de corpo e alma na Brigadeiro. Espero que a sorte esteja ao meu lado, e a clientela também.
Estou contigo e não abro!
A terceira tem a ver com tudo isso: um pouco a mais de tempo livre quer dizer mais dedicação a esse blog que eu as vezes abandono, mas eu amo de paixão. Vou retomar a sessão de endereços facilitar a busca das pessoas e voltar com algumas colunas regulares (NY: My Perfect Day e o Livro de Receitas).
Bom, fora isso eu desejo um ano rico de descobertas para todos nós e de muito crescimento. Vamos em frente que atrás vem gente!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

E as comilanças dessa vida...

Que ótimas refeições eu andei fazendo esses últimos tempos. Andava meio preguiçosa e rotineira, voltando muitas vezes nos mesmo lugares. Aí deu aquele bode, a vontade de descobrir novos temperos. Pesquisa alí, fuça aqui e olha as coisas boas que eu provei.

Brunch no Prune (54E 1st street - 212 677 6221) - Pequeno, disputado e mais aconchegante impossível. Tanto o lugar quando a comida. É o brunch mais gordo e cura ressaca do planeta. Os bloody marys são a especialidade do bar, enquanto da cozinha saem ovos de todos os jeitos, french toasts (a versão americana da rabanada) e a minha escolhida Dutch Style Pancakes, uma pancake gigante assada com peras e servida com uma linguiça deliciosa (não se assustem) e muito maple syrup.
panqueca ao forno com pera
o disputado salão do Prune
Tapas na Casa Mono (125E 17th street - 212 253 2773) - Sem reserva, esperamos no bar Jamon, ao lado do restaurante e dos mesmos donos, acompanhados de Jamon Iberico e vinho espanhol. O restaurante é um caso a parte. Estávamos em 3 então pedimos 2 ou 3 pratos cada, como sugeriu o garçom (são tapas = porções menores). Eles organizam a ordem e vão mandando os pratos da cozinha aberta e super agitada. Um nocaute atrás do outro. Bolinhos de bacalhau, sardinhas assadas com salada de maça, foie gras com 5 cebolas, camarão com anchovas e creme de ovos, striped bass(peixe) grelhado, cordeiro confit com couve flor gratinada. Foi difícil elencar os pratos vencedores. Rimos e comemos feito loucos com um dos nossos padrinhos de casamento. Daquelas noites que ficam pra história.
 a cozinha da Casa Mono, foto NYTimes
algumas das tapas incríveis, foto Wallflour.com

Ceia de Thanksgiving no Peel's (325, Bowery St - 646 602 7105) - Esse restaurante nem abriu e já virou parada obrigatória na região da Bowery. Isso porque quem faz ele, sabe fazer direito e acerta. É dos mesmos donos do Freeman's, outra parada obrigatória alí na região. Só que esse é mais arrumadinho, mas continua aconchegante e com o mesmo estilo de comida americana bem rústica que fez o Freeman's famoso. A ceia teve peru, stuffing, molho de cranberry, couve de bruxelas refogadas. Tudo delicioso. Um conhecido que se hospedou pela região, passou a semana comendo lá todos os dias. Ah, e além do restaurante, tem um café no primeiro andar com pães e pastries lindos. Descobri um tal de pecan sticky bun, que é de se lambuzar, um pão doce e fofinho coberto por nozes pecans e uma calda de açúcar mascavo que é um sonho.
a fachada do Peel's - foto do Guest of a Guest

Teve mais comilanças incríveis, mas deixo para outros posts, antes que eu receba um email da minha mãe falando que 6 meses antes do casamento não dá pra fazer tanta extripulia. Tá bom, prometo que estou indo com calma.

Pecados Capitais

foto: getty images
Eu ando pensando muito em coisas que os restaurantes fazem que e as pessoas odeiam. Ou o inverso disso, coisas básicas, que se não feitas da maneira correta a gente reclama e resolvi escrever esse post de pecados. Esses foram os que, de cara, eu lembrei. 

#1 - Pão frio - é praxe aqui em NYC o couvert ser pão com manteiga. E como é de graça, a gente não reclama. A minha implicação é: porque trazer o pão frio a mesa já que a gente sabe que tá rolando um forno quentinho na cozinha? 2 minutos no forno e a alegria do comensal é muito maior. Pão quentinho, por favor! 

#2 - Coca de máquina - Até entendo que alguns dos chefs de cozinha nem consideram refrigerante algo bebível, ou à altura de suas criações, mas uma vez que o restaurante optou por servi-lo que o faça da melhor maneira. E não existe melhor maneira que mini Coca-cola na garrafa de vidro. Trincando de gelada  e cheia de gás.


#3 - Pocinha de gelo - Essa vai soar coisa de quem tem DOC. Mas eu odeio quando o garçom traz o copo com gelo e metade do gelo já virou pocinha no fundo do copo. Parece neura minha, mas o principio básico do gelo é refrigerar e não diluir a bebida em água.

#4 - Reserva x Mesa Vazia - Se tem coisa que se respeita em NYC é reserva. Se você tem e chega no horário, sua mesa está lá te esperando. Se você não tem, fica o risco de esperar. Até aí tudo bem. O chato é quando você resolve arriscar, vai pro bar esperar enquanto tem mesas às moscas esperando as pessoas com reservas que resolveram se atrasar. Isso sim é que é sacanagem. Se eu tivesse um restaurante, a reserva teria tolerancia. 15 ou 20 minutos de atraso, perdeu a mesa amigo! Mas como eu ainda não tenho, fica a reinvidicação.

#5 - Faca sem fio - Nem em restaurante japones onde se come de palito. Se tem faca na mesa ela tem que funcionar direito. Tem coisa mais desconfortável que ser obrigado a rasgar pizza com a faca ou brigar com o bife? Merecemos talheres afiados!

E você? ajude a preencher a lista, o que mais te faz azedar a cara num restaurante?  

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O fim de ano chegou

Vir embora do Brasil me dá um aperto no coração, sempre que volto fico uns 3 dias meio borococho (nunca tinha reparado na grafia quase indigena dessa palavra). Segunda feira, eu cheguei com minha rinite nas alturas e sob um tempo gelado e sem graça. Pelo caminho do taxi vim observando a cidade cinzenta, com as árvores douradas de outono e suas folhas no chão, sendo pisoteadas pela confusão cotidiana, o trânsito, a pressa. Geralmente essa cenário me daria um frio na barriga, essa coisa de ter que se encaixar novamente na rotina, voltar a pensar em inglês, me atualizar do que tem acontecido por aqui, que preguiça! Mas por algum motivo desconhecido me senti tranquila dessa vez, automaticamente encaixada e confortável na minha posição, e preferi não questionar muito o porquê.

Nas minhas primeiras andanças, notei uma cidade diferente, transformada da que eu deixei 15 dias atrás. Casacos e botas estão por todos os lados e o dia está mais curto. As músicas natalinas já tomaram conta das lojas e o cheiro de canela e gengibre se espalhou por todos os Starbucks. Isso sem falar nas vitrines e na poesia que se transforma o Central Park com a pista de patinação e os tocadores de sax que fazem muito mais sentido nessa época do ano. Me senti apaixonada pela cidade de novo. Porque tenho muito trabalho até o final do ano e não existe lugar com uma energia mais contagiante que aqui. Parece esquisito se for pensar no frio que está à caminho, mas quem vive aqui entende o que estou falando. Deixei a borocochisse de lado e investi no que há de mais divertido nessa época: comprei minha árvore de natal e os ornamentos que achei mais lindos, comprei tickets para finalmente assistir as Rockettes no Radio City e me prometi construir uma gingerbread house bem maior que a do ano passado.


PARA COMPRAR A ÀRVORE

Home Depot - 40W 23rd street (entre 6th e 5th avenidas)

Floral District - o quarteirão da rua 28 entre a 6th e 7th avenidas é um corredor de lojas de plantas naturais e artificiais a preços ótimos.


ENFEITES DE NATAL

Macy's - na loja de manhattan eles montam um andar inteiro só de enfeites, tem para todos os gostos e é um sonho!

Kate's Paperie- a loja que eu trabalho recebei com enfeites lindos. O tema é marrocoan christmas, tudo em dourados e cores quentes, até um camelo gigante cheio de estrelas de natal foi parar parar lá. Vale conferir. 72 Spring St. (Soho) e 140W 57th street (midtown)

Jamali Garden - esse é o endereço que os decoradores não contam por nada. É uma loja de suprimentos para decoradores que na época do natal abre o segundo andar só com enfeites. Foi onde eu comprei minhas bolas de feltro, mas tem vários estilos.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sensor

Acho que deve ser meio redundante falar da minha paixão por gadgets de cozinha, mas minha última aquisição, que obviamente foi pra cozinha, não exatamente tem ligação direta com com comida, e sim com limpeza. E eu estou amando ela. É esse dispenser de detergente, você aproxima a bucha ou sua mão perto dele e pronto. Ele dispara a quantidade de detergente selecionada sem você ter que encostar a mão em nada. Muito banheiro de shopping center, um luxo! E o melhor é que eu não preciso ficar mais com aqueles frascos de detergentes feiosos em cima da pia. Muito mais legal.

Está a venda do Bed Bath and Beyond. O fabricante tem vários outros produtos legais, olha aqui

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Familia

Existe um conceito dentro do mundo gastronômico que eu gosto muito que é o dos restaurantes irmãos, basicamente é a mesma idéia de uma família. Os pais têm um filho, o primeiro restaurante, ele cresce forte e bonito, fica famoso e conquista sua autonomia. Então os pais ficam com aquele gostinho de quero mais. Daí trabalham num segundo projeto, que nasce com a mesma essência, mas com características bastante particulares. Quando você o visita, sente algo familiar e diferente ao mesmo tempo, sabe que ele é do mesmo sangue, mas tem uma personalidade única. A mesma coisa acontece com o terceiro, o quarto, o quinto... e a familia cresce. Exemplos bem sucedidos, em São Paulo, os Astor Brás Original Pirajá da Silva, por aqui, os Balthazar Morandi Minetta Pastis, ou os French Laundry Per Se Bouchon.

O que me faz gostar muito dessa maneira de expandir dentro do mercado de restaurantes tem muito a ver com o que eu acredito ser uma das coisas mais legais em ir até a um estabelecimento: vivenciar um momento incomum de descobertas, seja no cardápio, nas bebidas, no astral do ambiente. E porque eu sou super contra àqueles que viajam quilometros para comer no mesmo restaurante que tem na sua cidade. Ou porque eu acho que grandes chefs que espalham seu filho único por diversas capitais importantes do mundo são no fundo preguiçosos e/ou  pouco criativos, e realmente não enxergam que estão limitando suas próprias possibilidades. Pronto falei.

Ter vários filhos e respeitar suas individualidades pode dar trabalho, mas que graça têm ter dois amigos que falam exatamente dos mesmos assuntos? se vestem da mesma maneira? Ai que preguiça. Parabéns aos chefs de filhos diferentes, aqueles que gostam de imprimir sua essência em formatos diferentes, aqueles que a gente fica ansiosamente aguardando o próximo bebê ao mesmo tempo que não deixamos de ir na colação de grau do primogênito.

PS. Eu realmente não sei porque falei desse assunto, muito mesmo dessa maneira meio manifesto (nem sou revoltada). De qualquer maneira fica uma lista de familias legais aqui que merecem sua confiança.
fachada do Balthazar

Nome do Pai: Keith McNally
Balthazar, o primogênito
Pastis, o descolado
Morandi, o caseirinho
Minetta Tavern, a única filha, super disputada
Pulinos, o rock'n roll
salão do Per Se, em NY
Nome do Pai: Tomas Keller
French Laundry, o filho perfeito
Per Se, o filho perfeito que foi morar na cidade grande
Bouchon, o acessível
ABC Kitchen, o novo descolado do pedaço
Nome do Pai: Jean-Georges Vongerichten
Jean-Georges, sua excelência
Mercer Kitchen, o artista bem sucedido
Spice Market, o concebido nas Índias
ABC Kitchen, o hipster

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Shabby

Shabby em português significa, gasto, surrado. Shabby chic é o desgastado legal. Um estilo de decoração que usa peças antigas e desgastadas para dar aconchego ao ambiente. A precursora desse estilo aqui nos EUA, é a decoradora Rachel Ashwell, que até 2009 tinha várias lojas espalhadas por todo país. Até o business afundar em dívidas e fechar as portas naquele mesmo ano. E eu ficar a ver navios já que descobri tudo isso através de uma amiga que arrematou as 2 últimas cadeiras Louis XV por uma mixaria na tal loja que tava fechando na semana seguinte. A amiga me contou que a loja era o máximo, já que quando a gente foi já tava com cara de "Familia muda e vende tudo". Parece que a decoradora não era boa administradora e por isso tudo aconteceu. A verdade é que apesar de adorar o estilo que depois fui pesquisar, nunca tinho a chance de entrar na loja de verdade, já que peguei o bonde meio atrasado.


O bom é que o bonde às vezes passa de novo no mesmo ponto. Um grupo de investidores organizou as finanças de decoradora e agora abriram 3 lojas bem contidas, se comparada com as anteriores. Uma aqui em NY, para minha alegria. Eu fui dar um pulo lá outro dia e tudo é exatamente como eu imaginava. Lindo, antigo, usado, romântico, aconchegante....   e caro. Mas vale para inspirar e comprar uma besteirinha que pode ser uma toalha de lavado ou uma fronha. Compra o par um de cada vez se vc achar muito absurdo.

As fotos são de ambientes feitos pela Rachel Ashwell. Dá pra ter uma idéia do que você encontra na loja.

Rachel Ashwell Shabby Chic Couture
117 Mercer St - entre Prince e Spring streets

Prenda

crédito da foto 

Não tem adjetivo que me faz lembrar mais a minha vó que prendada. Como ela adorava encher a boca para falar que tal pessoa era prendada, porque sabia bordar, tricotar, costurar. E faz algum tempo que tenho visto o quanto essas prendas antigas tem se renovado de formas mais divertidas e criativas de fazer trabalhos manuais. Aqui em NY não tem loja mais prendada que a Purl, no Soho. Eles começaram com uma pequena loja na Sullivan St., vendendo linhas nas cores mais imagináveis e pacotinhos de retalhos para fazer patchwork. Depois expandiram para uma segunda lojinha na mesma rua dividindo a parte de linhas e tecidos e montaram uma grade de aulas e workshops. Recentemente eles mudaram de mala e cuia para a Broome St, num espaço que cabe tudo, linhas, materiais, tecidos, espaço para aulas e uma linha de produtos própria, tudo feito à mão obviamente. Eu sou apaixonada pelo lugar e adoro levar amigas que estão por aqui para conhecer e ver como dá para ser artesanal e cool.

Purl Soho
459 Broome St. (entre Greene e Mercer St)

À Mesa

O evento do NY with Kids foi um sucesso. Uma noite linda, local incrível, convidados legais e, modéstia à parte, a comida estava deliciosa. O ambiente era uma townhouse super antiga com móveis super modernos, então o cardápio teve essa mesma pegada, sabores que todo mundo gosta, mas com apresentação clean. Coloquei várias fotos lá no site da Brigadeiro Bakery, clica aqui

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Festa!


A querida Paula Dualibi no NY with Kids, vai fazer um evento muito legal no dia 07 de outubro. Tudo começou com os almoços informais (e super disputados) que ela organizava para as leitoras do seu blog aqui em NY. Só que os almoços foram crescendo, um dia 10, outro dia 15 e depois trinta e tantas pessoas. Por isso ela decidiu dar uma organizada no agito e fazer tudo super profissional. Alugou um espaço muito bacana no Upper West Side, convidou uma consultora de educação para falar sobre escolas em Manhattan (a maioria das seguidoras do blog são mães), me escalou para preparar os quitutes (ebaaaaa!), providenciou os drinks e agora circo está armado. Dia 07 de outubro das 6 às 9pm. Daqueles finais de dias deliciosos, bem com cara de encontro com suas melhores amigas.

Os convites já estão a venda no site dela, quem tiver interesse, tem que correr pois como o espaço não é muito grande, o número de pessoas é limitado. Taí uma grande chance para além de ter um final de tarde super agradável, encontrar e conhecer pessoas que moram aqui em Nova York também.

domingo, 12 de setembro de 2010

Raquete

Tudo bem que essa dica pode soar um pouco atrasada, mas no fundo eu estou dando ela para aqueles adiantados que programam suas viagens com muitos meses de antecedência, e daí sim, ela vai ter muita serventia. Caso venha para NY no início de setembro, um dos programas mais legais é assistir um jogo de tênis do U.S. Open. Falo isso na voz da torcedora que nem era tão fã do esporte assim. Até o ano passado, quando fui assistir a final feminina e mais ainda esse ano, depois de assistir as duas semifinais masculinas. A que classificou Rafael Nadal e a que desclassificou o Federer. E eu que achava que toda pompa e circunstância do esporte escondia uma monotonia profunda entre bolinha pra lá e bolinha pra cá. Engano puro. Quanta emoção. E quanta elegância. Além disso gente bonita, lugar super legal, lojinhas bacaninhas para você se divertir entre os jogos, quer mais o quê? Mesmo que não seja jogo de final, o passeio vale a pena. Para acompanhar informações do próximo torneio, acesse o site deles www.usopen.org. E como a final é amanhã: Vai Rafa!

Click


Caminhando pelo Soho encontrei essa recém inaugurada galeria de fotografias. A Yellow Korner é francesa e se instalou por aqui há pouco mais de 1 mês. A proposta deles é vender fotografia de arte (edições limitadas, enquadradas e seriadas) a preços super acessíveis (començando em $ 109, já com moldura). Tem muita coisa legal. A primeira vez que eu fui lá, me encantei com o trabalho desse fotografo japonês, Kusakabe Kimbei, ele trabalhou com fotografia desde 1880 e as cores das suas imagens são incríveis, olha algumas das obras. Pra quem vai à Paris, fica a dica também, já que eles tem algumas lojas por lá.

Yellow Korner
100 Wooster St.
Soho

Apareceu a margarida!

Finalmente to aqui de volta! Muito cara de pau com uma lista imensa de possíveis desculpas. Mas vou  pular todas e ir direto a mais honesta. Eu estava ocupada. Não vim porque não queria que o blog me deixasse dormir mais tarde que eu tenho dormido já que eu apareço aqui só para me divertir. Desculpem deixar essa pizza na cara de vocês, teve gente que nunca vai tentar ir no Motorino só de birra. Culpa minha! As boas notícias é que o verão tá quase acabando e teve muita coisa nova que eu descobri na época do ano mais gostosa de NY. A outra boa notícia é que a Brigadeiro Bakery está indo muito bem, mais clientes e pedidos a cada dia, me sinto mais animada com essa cidade do que nunca. Como diria Frank Sinatra "If you can make it there you can make it anywhere" . Dá pra ser mais inspirador? Então chega de papo furado que eu quero mais é escrever o que nos interessa. Bem vindos de volta!